Registros de testamentos crescem 83% no Paraná durante pandemia do novo coronavírus, diz pesquisa

De acordo com o Colégio Notarial do Brasil, os dados mostram a preocupação em garantir o encaminhamento legal dos bens em caso de morte e, consequentemente, evitar futuras disputas entre familiares pelos bens.

O número de registros de testamentos nos cartórios do Paraná aumentou 83,2% entre os meses de abril e julho deste ano, conforme o Colégio Notarial do Brasil. Um levantamento da entidade mostra que a quantidade passou de 131 em abril para 240 em julho.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o estado teve aumento de 17% em registros de testamentos, segundo a pesquisa.

De acordo com a entidade, os dados – que aumentaram logo após o início da pandemia do coronavírus – mostram a preocupação em garantir o encaminhamento legal dos bens em caso de morte e, consequentemente, evitar futuras disputas entre familiares pelos bens.

Entre os principais requerentes para o registro, ainda segundo o levantamento, estão idosos, profissionais da saúde e até mesmo jovens, que fazem parte do grupo de risco da Covid-19.

Segundo boletim de segunda-feira (14) da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa), o Paraná chegou a 153.176 casos confirmados do novo coronavírus e registra 3.813 mortes por causa da Covid-19.

Sucessão familiar

No documento de testamento, a pessoa declara, de forma legal, como e para quem deseja deixar seus bens após a morte.

O advogado José Eli Salamacha, de 60 anos, fez o testamento durante a pandemia. Mas, ele explicou que o fato de ele ter feito o testamento nesse momento não teve relação com a pandemia.

“Foi mera coincidência. Já era uma opção pessoal, um projeto de vida”, afirmou o advogado.

Salamacha é casado, tem dois filhos maiores de idade e mora em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. Ele contou que atende clientes que querem fazer o testamento. O advogado disse que, na maioria, são casais que têm união estável.

Salamacha inclusive explicou que, como profissional da área, orienta as pessoas a fazer o testamento.

“É para deixar direcionado como se quer a sucessão familiar”, afirmou.

Como fazer o testamento?

Para fazer o documento, é necessária a presença de duas testemunhas que não podem ser herdeiras ou beneficiadas pelo testamento, além dos documentos de identidade de todas as partes, requerentes e testemunhas. A presença de um advogado é opcional.

O documento pode ser alterado e revogado enquanto o testador viver e estiver lúcido, e terá validade e publicidade somente após a morte do testador.

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