PR-323: pistas duplas, viadutos e marginais vão unificar Umuarama e solucionar tráfego no Trevo Gauchão

Não é necessário mais que 20 minutos na região do Trevo Gauchão, em Umuarama, para ver o caos se instalar. O local é um ponto de encontro desordenado de caminhões, ônibus, carros, motos, bicicletas, ambulantes e pedestres. Tudo junto e misturado, no perímetro urbano da PR-323, a principal artéria do Noroeste do Paraná. Desorganização que fica ainda mais apurada em momentos críticos do dia, como o início da manhã, o horário do almoço e a volta para casa, antes do anoitecer.

A rotina transforma o ir e vir da diarista Rosa Ferreira Santana em um jogo de obstáculos. Munida da inseparável bicicleta barra forte, ela precisa vencer mais de 5 quilômetros todos os dias para chegar às residências em que faz a limpeza, uma travessia entre duas Umuaramas separadas pela rodovia. “Olha, é muito perigoso, ainda mais com esse trânsito em que os ciclistas não são respeitados”, diz, enquanto recupera o fôlego após uma longa subida em que optou por descer da bicicleta “para não cansar mais as pernas”.

Há, porém, muitos motivos para a dona Rosa acreditar que tudo vai melhorar. Umuarama está prestes a ser unificada. Em meio à duplicação da PR-323, em todos os 4,4 quilômetros do perímetro urbano da cidade, dois novos viadutos vão substituir o antigo trevo, ligando as pontas do município com mais segurança, comodidade e racionalidade. Uma terceira interseção em desnível também está prevista para o trecho, no acesso a Mariluz, no entroncamento com a PR-468.

A modernização vai atualizar uma estrutura projetada nos anos de 1980 e que, como bem sabe a dona Rosa, já não comporta mais o tráfego na região. O investimento do Governo do Estado é de R$ 66,1 milhões. “A PR-323 é um dos maiores eixos rodoviários do Paraná, e que já deveria ter sido duplicada há muito tempo para ampliar a sua capacidade de trafegabilidade e trazer mais segurança aos motoristas e moradores. Desde o início da gestão nos comprometemos com a modernização dessa rodovia, é um sonho que aos poucos vai se realizando”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

“E em Umuarama vai significar mais segurança e qualidade de vida para quem precisa passar por aquela região diariamente. Buscamos, assim, melhorar e facilitar a vida das pessoas”, completa.

A construção atingiu em fevereiro 43% de conclusão, com término previsto para novembro deste ano. O investimento, reforça o secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, vai resolver também o principal gargalo logístico para quem chega ao município por Guaíra (vindo do Paraguai ou do Mato Grosso do Sul) ou de Maringá e Cianorte. “Estamos diante de uma das obras mais importantes do Estado. Um investimento de mais de R$ 60 milhões que trará mais segurança e mobilidade a todos que moram e trafegam pela PR-323”, ressalta.

“É uma obra muito esperada pela população de Umuarama, que reforça a parceria que o Governo do Estado tem com os municípios”, diz o prefeito de Umuarama, Hermes Pimentel.

COMPLEXO INDUSTRIAL – A região conta, ainda, com um importante complexo industrial. As melhorias vão beneficiar as empresas e os trabalhadores locais, além de melhorar a segurança e agilidade do tráfego.

A Zona de Processamento de Exportação (ZPE) é um distrito industrial onde empresas operam com suspensão de impostos, liberdade cambial (não são obrigadas a converter em reais as divisas obtidas nas exportações) e têm procedimentos administrativos simplificados.

“Olha, não sei nem dizer como vai ajudar. Para a gente que depende da rodovia, é uma vida de cachorro, fica tudo parado. Mas quando estiver pronta vai ficar filé”, conta o caminhoneiro Aparecido José dos Santos, que semanalmente passa por Umuarama com uma carga de sofás para despachar em São Paulo e no Rio de Janeiro.

“Vai facilitar muito a minha vida”, emenda a atendente Cristiane Peres, enquanto ajeita cuidadosamente um sem número de utensílios para a cozinha e churrasqueira que vende uma banca à margem da PR-323, já dentro de Umuarama.

OBRA – Localizado a poucos metros do Aeroporto Municipal Orlando de Carvalho e do Parque Industrial, o Trevo do Gauchão vai dar lugar a um viaduto de duas alças. Também está em andamento a duplicação da PR-323 até o trevo de acesso a Mariluz.

Na altura do trevo, no km 300, a rodovia será rebaixada de 7 a 8 metros, preservando o alinhamento e os acessos dos empreendimentos que ficam nas margens, e fazendo com que as trincheiras de acesso passem por cima da rodovia.

No trevo de acesso à Mariluz (PR-468) haverá outro viaduto para dar maior mobilidade de retorno para os veículos. Diferente do acesso ao Gauchão, nesse ponto, o chamado km 304, a PR-323 passará por cima da obra da trincheira, possibilitando que as marginais fiquem no nível atual.

No trecho de 4,4 quilômetros haverá a duplicação e vias marginais. Após a trincheira no acesso a Mariluz a obra segue por uma extensão de 700 metros, com encerramento previsto para o km 304,1 da PR-323.

Essa duplicação será efetivada pelo alargamento da pista existente, o que minimiza o impacto às propriedades lindeiras e os custos com desapropriações. As vias marginais foram dispostas de forma a expandir e complementar as laterais. Elas terão como finalidade separar o tráfego local para o de longa distância, permitindo o disciplinamento dos pontos de ingresso e egresso da rodovia. Ao longo do trecho estão previstas diversas agulhas de entrada/saída.

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