IAT e Simepar concluem mapeamento de 2,9 mil barragens do Paraná

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Mais de 2,9 mil barragens cadastradas no Instituto Água e Terra (IAT), 2 mil relatórios de visitas entregues e 1,7 mil classificações de Dano Potencial Associado realizadas. Este é o balanço do projeto Estágio Barragens, uma parceria entre o IAT e o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), com apoio da Defesa Civil Estadual, para o monitoramento das barragens em território paranaense.

O trabalho iniciou em 2019. Na época, menos de 500 barragens do Paraná eram cadastradas no IAT. O órgão é responsável pela fiscalização da segurança destas estruturas de usos múltiplos (não hidrelétricas), classificação quanto ao risco de dano potencial, manutenção do cadastro estadual e inserção do Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB) e orientação aos empreendedores quanto à documentação. Ou seja, em seis anos o crescimento foi de cerca de 480%.

O Simepar, mediante contrato de gestão com o IAT, realizou visitas técnicas nas barragens e elaborou relatórios individuais apontando a classificação de risco e o tipo de uso. Além disso foram mapeadas as manchas de inundação, que são as áreas que podem ser impactadas em caso de rompimento de uma barragem, detalhando edificações e número de pessoas possivelmente atingidas. Essas orientações agora estão com o IAT. A Defesa Civil também analisou os planos de ação de emergência e apoiou a elaboração dos planos de contingência.

O sensoriamento remoto do Simepar utilizando imagens multitemporais identificou as 2,9 mil barragens que se enquadram na legislação atual. Além do uso da inteligência geoespacial para atualização do cadastro, as equipes selecionaram as barragens com maiores espelhos d’água e em áreas urbanas para iniciar a visitação, que seguiu mesmo durante a pandemia. Os profissionais do Simepar também estudaram as áreas ao redor das barragens.

Com relação ao uso, 53% das barragens cadastradas no IAT foram classificadas como paisagismo/lazer, 19% como uso para aquicultura, 16% para irrigação e 12% para outras (lembrando que uma mesma barragem pode ter mais de uma finalidade). Entre as 2,9 mil, 71,5% tem baixo Dano Potencial Associado, que é a classificação que avalia as consequências em caso de um eventual rompimento.

“O Paraná demonstra capacidade para agir de forma preventiva, reduzindo significativamente a probabilidade de acidentes e seus impactos sociais, econômicos e ambientais. Trata-se, portanto, não apenas de uma questão administrativa, mas de uma escolha estratégica, que reflete o compromisso com a vida, a segurança coletiva e a sustentabilidade”, destaca o engenheiro civil da equipe de segurança de barragens do IAT, Osneri Roque Andreoli.

“Não foi fácil coletar estes dados, mas acabamos formando uma parceria sólida”, complementa Christine da Fonseca Xavier, chefe da Divisão de Monitoramento do IAT. O próximo passo, segundo ela, é a negociação de um programa de segurança hídrica entre o IAT e o Banco Mundial, com recurso previsto para visitas técnicas em mais 750 barragens, no prazo de seis anos.

“Os resultados reforçam que a metodologia aplicada contribuiu diretamente para o aperfeiçoamento da gestão e segurança de barragens no Paraná”, ressalta Elizabete Peixoto, gerente de Geointeligência do Simepar. OS empreendedores também receberam uma cartilha de segurança de barragens.

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