Biden fala sobre a China no G7 e na Otan, mas líderes europeus agem com cautela

Os presidentes dos Estados Unidos normalmente não vão à Europa e ficam falando sobre a China. Mas Joe Biden acha que convenceu seus novos amigos europeus da necessidade de enfrentar a autocracia chinesa, os abusos dos direitos humanos e a quebra de regras econômicas.

A China é nada menos que uma fixação de política externa em Washington. Portanto, não é preciso ser um gênio para saber o que Biden pode querer em troca por consertar as feridas transatlânticas da era Trump.
Ele disse que “saiu” da cúpula do G7 no Reino Unido convencido de que o grupo reconhece que Pequim é parte de uma ameaça crescente à democracia global.

A cúpula concordou em estabelecer uma alternativa para a iniciativa chinesa de construir infraestrutura física e digital para conectar centenas de países da Ásia ao Oriente Médio, África e Europa.
Refletindo os objetivos dos EUA, ele pediu à China que respeitasse os direitos humanos em Hong Kong e na província de Xinjiang e permitisse uma investigação completa sobre as origens da Covid-19. Também pedia calma nos mares do sul e do leste da China.

A China também esteve na boca de todos na cúpula subsequente da Otan e apareceu pela primeira vez na declaração conjunta final da aliança.

O secretário-geral Jens Stoltenberg, que dirige a aliança destinada a se preocupar com a segurança do Atlântico e não do Pacífico, alertou nesta segunda-feira (14) que a China “está se aproximando de nós” em proezas militares.

Ele ainda apontou que o gigante comunista não compartilha os valores ocidentais que a Otan foi criada para defender.

Mas os europeus também ainda estão enjoados de serem arrastados pelos EUA para um confronto final. Autoridades dos EUA disseram que a Itália e a Alemanha estão preocupadas com a potencial linguagem de comunicado que a China pode considerar provocativa. Enfatizando o “equilíbrio”, a chanceler alemã Angela Merkel disse que “a China é nossa rival em muitas questões, mas também nossa parceira em muitos aspectos”.

Emmanuel Macron disse que o G7 deseja trabalhar com Pequim em temas como o clima, comércio, desenvolvimento e outras questões, apesar das divergências. “Serei muito claro: o G7 não é um clube hostil à China”, disse o presidente francês.

Não é de surpreender que nada disso tenha caído bem em Pequim, onde as autoridades estão insinuando que o aumento das divisões sobre como europeus e americanos verão a China pode ser um objetivo-chave da diplomacia de Pequim.

A embaixada chinesa no Reino Unido acusou o G7 de “caluniar deliberadamente” Pequim e criticou as “intenções sinistras de alguns países como os Estados Unidos”.
Fonte: CNN Brasil

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